Lei de ferro da oligarquia e a Teoria das Elites no brasil.

 



Que o Brasil vive numa Plutocracia é verdade, mas, como identificar isso corretamente? Bom, uma categoria sociologica que pode representar esse fenomeno é a lei ferro da oligarquia do Italiano Robert Michels, para ele,  as organizações sociais e políticas são dirigidas por poucos indivíduos e a organização social e a divisão do trabalho são fundamentais. Nesse caso, todas as organizações eram elitistas e que as elites possuem três princípios básicos que auxiliam na estrutura burocrática da organização política, como; a necessidade de líderes, ( algo que presenciamos com o personalismo lula/bolsonaro), os agentes especializados e suas instalações ( organizações sindicais, partido politico, midia alternativa) e claro, a atuação dessas instalações pelos líderes dentro de sua organização e a importância dos atributos psicológicos dos líderes, aqui Michels se remete a Gustav Le Bon. 

A lei da Oligarquia é uma subcategoria, digamos assim,  da teoria das elites. Famosa por ser uma teoria do Estado que procura descrever e explicar as relações de poder na sociedade moderna. As redes de planejamento político através do apoio financeiro de fundações ou posições em grupos de reflexão ou grupos de discussão política, os membros da “elite” exercem um poder significativo sobre as decisões governamentais. As características básicas dessa teoria são que o poder está concentrado, as elites estão unificadas, tudo que é alheio ( povo)  é diverso, impotente, desorganizado,  os interesses das elites são unificados devido a origens e posições comuns e a característica definidora do poder, como a  posição institucional ou a institucionalização desse poder, na pratica, o Tripé Macro Economico Neoliberal Consubstanciada na Constituição de 88.

Um interessante sociologo americano chamado C.Wright Mills publicou um  livro denominado "The Power Elite" nos anos 50, no qual afirmava apresentar uma nova perspectiva sociológica sobre os sistemas de poder nos Estados Unidos,  Ele identificou um triunvirato de grupos de poder; políticos, económicos e militares que formam um órgão distinguível, embora não unificado, de poder nos Estados Unidos. Nosso autor propôs que este grupo surgiu e foi gerado através de um processo de racionalização em funcionamento em todas as sociedades industriais avançadas, através do qual os mecanismos de poder se tornaram concentrados, canalizando o controle global para as mãos de um grupo limitado e corrupto.  

Isto refletiu um declínio da política como arena de debate e relegação a um nível meramente formal de discurso.  Esta análise se estende, em  escala macro, e com isso ele procurou salientar a degradação da democracia representativa nas sociedades "avançadas" e seus efeitos nos paises terceiro mundistas, além do fato de o poder geralmente estar fora das fronteiras dos representantes eleitos, algo que reflete não só lá, mas, aqui também, o poder desses caras tornou-se algo global, mundial.


Bibliografia: 


C.Wright Mills "The Power Elite, 1956.

Robert Michels, sociologia dos partidos politicos.



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