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O Holocausto Iraniano, uma história pouco conhecida.

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Como descreve o professor Guido Alfani, a carestia ou as  fomes  diferem muito em tamanho, duração e contexto;  em muitos casos,  os danos causados ​​pelas más colheitas podem ser  agravados pela guerra por exemplo.  Os  papéis da ação humana, o mau funcionamento dos mercados e a assistência aos pobres são um  tema recorrente.   A fome é um acontecimento extremamente complexo, a   sua ocorrência e características  são moldadas por uma ampla gama de fatores, ( nem tudo segue uma lógica de sistemas).  Como consequência, em muitos  casos o mesmo evento pode ser entendido de maneiras profundamente diferentes, e sabemos da existencia de controvérsia. Existem aqueles que vêem a fome como resultado da “natureza” (uma deficiência na produção) e aqueles que tendem a identificar as suas raízes na ação humana e nas mudanças no poder de compra devido à distribuição ineficiente (direitos).  Não só a fome foi capaz de causar agitação política, tanto a  nível nacional como local;  afirma-se também qu

Lei de ferro da oligarquia e a Teoria das Elites no brasil.

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  Que o Brasil vive numa Plutocracia é verdade, mas, como identificar isso corretamente? Bom, uma categoria sociologica que pode representar esse fenomeno é a lei ferro da oligarquia do Italiano Robert Michels, para ele,   as organizações sociais e políticas são dirigidas por poucos indivíduos e a organização social e a divisão do trabalho são fundamentais. Nesse caso,  todas as organizações eram elitistas e que as elites possuem três princípios básicos que auxiliam na estrutura burocrática da organização política, como; a n ecessidade de líderes, ( algo que presenciamos com o personalismo lula/bolsonaro), os agentes especializados e suas instalações ( organizações sindicais, partido politico, midia alternativa) e claro, a atuação dessas instalações pelos líderes dentro de sua organização e a importância dos atributos psicológicos dos líderes, aqui Michels se remete a Gustav Le Bon.  A lei da Oligarquia é uma subcategoria, digamos assim,  da teoria das elites. Famosa por ser uma teoria

Contraponto: Quando o Nacionalismo não era Fascismo.

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O leitor pode está se perguntando agora, de onde surgiu essa ideia de que o Fascismo não é Nacionalista? Bom, pode soar estranho essa distinção que faço, mas, nunca foi para "Associação Nacionalista italiana" e para os próprios fascistas lá no início da década do século XX.  Muito antes da existência do "Fascismo" Italiano, o fenômeno Nacionalista já atuava dentro da Itália do finalzinho do século XIX e início do XX, numa época que seria impossível associar os próprios "Fasci" a qualquer rótulo "direitista" ou "extrema direita" na política polarizada do mundo atual.  Foi Alfredo Oriani,  escritor que esteve durante muito tempo ligado sobretudo a publicações históricas e políticas, da poesia nacional italiana,  formalizou uma primeira base ideológica para o que entendemos de nacionalismo italiano, são nas obras  Fino a Dogali , em que analisava as causas da crise religiosa e económica da nova Itália;  A luta política na Itália   que narr

O Fracasso civilizatório.

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"O Brasil é uma merda!" Já apontava o saudoso sociólogo Alberto Guerreiro Ramos. Bom, ele estava coberto de razão, o vendaval de loucura de um país congolizado é estarrecedor.  Não precisamos ter o QI elevadíssimo para ter noção de que estamos mais perdidos que "cego em tiroteio." O que se vê hoje é um estágio de decadência coletiva nunca visto antes. Aquilo que o próprio Guerreiro chamava de  "subjetividade" social,  é algo que no Brasil ainda não alcançou, e talvez nunca alcançará. Essa "subjetividade aprofundada" só pode trilhar um caminho evolutivo, uma superveniência,  na medida em que a população se libera dos padrões precários de existência, algo impensável nos dias de hoje. Nas palavras do sociólogo:  “Só adquire a possibilidade de autodeterminação o povo que, libertando-se da motivação grosseira, dos místeres puramente biológicos, transfere seus inte-resses para motivos cada vez mais requintados.” É bem óbvio que, a autodeterminação está

"Atlantismo" excerto rápido.

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Nos dias atuais o termo tem ganhado notoriedade nos meios político-sociais brasileiros, eu mesmo partilho dessa perspectiva. Mas de onde surgiu o termo? Quem o criou ? Essas são perguntas cernes para entendermos a questão.  A ideia e surgimento do termo se deu de  forma mais específica para se referir ao apoio às alianças militares do Atlântico Norte,  ou seja, a grosso modo implica numa cooperação mais ampla, valores percebidos profundamente compartilhados, uma fusão de culturas diplomáticas,  bem como como um senso de comunidade e algum grau de integração entre a América do Norte e a Europa Ocidental.  Contudo, n a prática, o grande nome dessa tendência foi sem dúvida , o Paul Cravath, um proeminente advogado, diplomata americano foi influente na política externa dos EUA durante o início do século XX por lá.  Junto a Council on Foreingn Relations uma  organização  composta por eminentes  advogados, banqueiros, acadêmicos e políticos do  nordeste dos Estados Unidos  , que se compromet

O Estopim do movimento Fascista, a socialização economica e política, Ugo Spirito e Sérgio Panunzio.

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A nossa análise circunda no período onde o Fascismo decaira enquanto regime na Itália, durante um curto espaço de tempo onde todas as posições mais relevantes do "Fascismo de primeira hora" ou o Fascismo de "San sepulcro" retornam a tona. Numa perspectiva histórica, durante o outono de 1943, o inimigo número um de Mussolini não era mais o socialismo-marxismo, mas o capitalismo Plutocratico, que outrora antes lhe havia dado apoio durante seus 20 anos de regime. O sistema que o traíra e, sobretudo, a burguesia, fora responsável  pelo naufrágio da Itália. A inflexão já acontecera bem antes, no auge do poder e da glória, quando tinha conduzido o fascismo pela via "totalitária" que ele considerava a única forma de assegurar perenidade histórica de sua nação. Nesss ínterim, o apelo  as raízes  , às origens do sansepolcrismo, se faz necessário. Podemos averiguar tal propósito  conforme o texto do 18º e derradeiro item do manifesto ou "Carta de Verona",

Uma esquerda ignorante, e Gramsci como politologo Nacional.

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A fragilidade intelectual da Esquerda Caviar no Brasil é estarrecedor. Agentes ou melhor causa eficiente de um fenômeno chamado Bolsonaro, a cada ano que se passa, mais inúteis e infantis são suas conjecturas, suas idiossincrasias e elucubrações. Mas, eu nem preciso continuar a dizer obviedades, meu intuito aqui é apenas propor uma observação.  Destarte, a figura do intelectual do marxista Sardo Antonio Gramsci, torna-se aqui  fundamental para nós nacionalistas, seja vc no espectro a esquerda ou a direita.  Segundo o sardo, em um dos seus cadernos, para ele  o "cosmopolitismo" tradicional italiano deveria tornar-se um cosmopolitismo de tipo moderno, ou seja, capaz de assegurar as melhores condições de desenvolvimento ao homem-trabalho italiano, em uma das suas passagens ele dizia que:  “Colaborar para reconstruir o mundo economicamente de modo unitário está na tradição do povo italiano e na história italiana, não para dominá-lo hegemonicamente e se apropriar do fruto do traba