Parte II: historiadores conservadores do brasil.
Luis Viana Filho
Grande figura política nacional e um historiador conservador, Nascido em Salvador, era filho do último governador da Bahia no século XIX, Luís Viana, além de estudioso também fizera carreira política, como sendo membro fundador do antigo PSD ( Partido Social Democrata) e também atuado como Governador da capital baiana, sendo importante na industrialização da região como sendo um dos articuladores do Polo Petroquímico da Bahia, que seria continuado sem interrupção e com a mesma ênfase, pelo Governo Antônio Carlos Magalhães que entrava pelas mãos de Luiz Viana Filho, depois de ter passado pela experiência de Prefeito de Salvador, onde com o seu apoio realizara uma grande obra. Sem contar também que, ele estimulou rasgando estradas e levando a energia elétrica, a educação, que conduziu ao desenvolvimento e à riqueza da região aos pontos mais distantes do Estado.
Destaca-se por inúmeras obras como "A Sabinada A República Baiana de 1837", biografias da vida de Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, o governo do ex presidente Castelo Branco. Contudo, a sua melhor obra na minha opinião é o "negro na Bahia", nas palavras do grande Gilberto Freyre que prefáciou esse mesmo livro em 1944: "inteligência do equilíbrio, da objetividade e do poder de discriminação que fizeram de Luiz Vianna Filho um dos melhores ensaístas que hoje se dedicam no Brasil aos estudos de história e de sociologia regional." Mas, voltamos a obra, nela Viana traça sua análise em cima dos contrastes dos negros na região de modo que, o negro "sudanês" aqueles africanos vindos da costa do Ouro, ou de Guiné era o elemento dinamicamente urbano em contraste com o bântu, encarado como passivamente rústico, o primeiro mais articulado, letrado e inteligente, capaz de organizar motins e revoltas famosas como dos Males em 1835 e a grande greve geral de 1857, ambas em Salvador.
Capistrano de Abreu
Capistrano Abreu nascido na cidade de Maranguape, Ceará, em 1853, destaca-se pela vasta erudição que tinha na história do Brasil colonial. Autor de inúmeras obras, mas que ganham mais destaque duas como o descobrimento do Brasil e Capistrano passa a considerar em outras três partes do livro três outras questões: como se explorou o litoral, como se devassou o sertão e que rumo tomou o povoamento. Essas são preocupações que se relacionam com a consolidação de um verdadeiro programa de pesquisas que ja naquela epoca iam se construindo à medida que o historiador escrevia o descobrimento do Brasil. Em os "capítulos de história colonial" o livro nos transporta para a realidade daqueles tempos, consistindo num relato vivo e minucioso, além claro de uma leitura agradável, o que nos permite avaliar a magnitude do empreendimento representado pela ocupação do território naqueles primeiros séculos. Desde o olhar cuidadoso aos engenhos de açúcar, as roças de fumo e mantimentos cabiam dentro de uma área traçada pelo custo de transporte dos produtos, Capistrano prossegue expondo em capítulos seguintes, os contrastes entre o Brasil urbano e o campo, a sua compreensão do que é o Sertão, sem dúvida alguma nos influencia até os dias de hoje.
Pedro Calmon
nasceu no interior da Bahia na cidade de Amargosa, tendo atuado como secretário particular do Ministro da Agricultura no governo Artur Bernardes, autor de várias obras, como a História da civilização brasileira escrita em 1932, além do seu clássico "História social do Brasil" do Brasil dividido em 3 volumes. Calmon, derivava seupena mento histórico do modelo geral hobbesiano-hegeliano de estado, o que o fazia logicamente aproximar-se de um Ranke, de um Meinecke e, no caso brasileiro, de Varnhagen. Nas páginas da história da civilização brasileira podemos resumir o seguinte: Em primeiro lugar, pela concepção de uma “história da civilização” que englobava temas díspares como a organização política e administrativa, a economia, a vida social, as “letras e artes”, além do próprio processo de formação territorial e as vicissitudes de sua evolução como estado na cional.
Lysias Augusto Rodrigues
Por fim, temos um esquecido historiador militar, o Brigadeiro Lysias Rodrigues, nascido no Rio de Janeiro em 1957, foi uma figura chave também na formação da geopolitica brasileira, seus ensaios foram condensados no livro Geopolítica do Brasil ( 1947). Nessa obra, preocupa-se com as nossas fronteiras do norte, ao analisa-as e apontar seus pontos críticos "punctum dolentis". Além disso, faz uma defesa de uma política de interiorização, preocupado com o futuro de nossas fronteiras com os estados europeus ocupantes das Guianas. Pregando a interiorização escreve:
"O Brasil tem potencialidade e ambições para se engrandecer e deverá. Para isso é preciso dirigir seus passos de acor do com as linhas que forem fixadas pela Geopolítica. porque só ela é capaz de apontar o caminho certo, só ela é que pode evitar ao Brasil surpresas dolorosas."
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